O preto dominou a passarela, aparecendo em diferentes texturas e acabamentos – brilhante, sólido, revelador. Vestidos com franjas ganharam movimento, enquanto detalhes em prata surgiram como tatuagens metálicas sobre os tecidos. A transparência e o couro foram elementos-chave, transmitindo sensualidade e poder. A lingerie, antes restrita aos quartos, assumiu as ruas com naturalidade. O vermelho, quando apareceu, trouxe um impacto visual intenso, destacando-se como um ponto de destaque na coleção.

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Nos acessórios, a ironia e a sofisticação se encontraram. Camisetas justas estampadas com a palavra “Doll” misturaram doçura e rebeldia, enquanto bordados de cristais e a estampa de oncinha evocaram um glamour nostálgico. Parkas em verde oliva e gorros exagerados remeteram à estética despretensiosa dos anos 2010. O comprimento mini das peças contrastou com jaquetas amplas e botas robustas, reforçando uma atitude de independência e ousadia.

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A bolsa My Sicily roubou a cena com um detalhe inesperado: pelúcia. O shearling aplicado em alças e bolsos trouxe um contraste entre sofisticação e conforto, equilibrando o urbano e o acolhedor. O acessório icônico ganhou uma releitura tátil, tornando-se um dos pontos altos da coleção.

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O desfile terminou em clima de festa, com tops metálicos, vestidos curtos e modelos dançando ao redor de uma DJ. A Dolce & Gabbana não apresentou apenas roupas, mas uma narrativa que convida o público a se reconhecer na moda. A coleção é um convite para rever, reler e resignificar o passado, mostrando que a moda é, acima de tudo, uma expressão de como sentimos o tempo, o corpo e o desejo em movimento.